quarta-feira, 1 de abril de 2015

UNB que jogar o Candangão de Acesso 2015


Sem novidades desde a estreia do Legião na segunda divisão, em 2006, o Campeonato Candango pode ganhar um novo time — bem mais identificado com a cidade — nos próximos anos. Ao menos é isso que deseja Davih Rodrigues, 25 anos, novo presidente da equipe de futebol da Universidade de Brasília (UnB). Ex-aluno da instituição, ele se formou em relações internacionais em 2011 e tem dedicado boa parte do tempo livre para tentar inserir o time no cenário do futebol profissional do Distrito Federal.

Rodrigues iniciou conversas por patrocínios — já se reuniu com um banco e um empresário local — e tenta parceria com clubes da segundona local, caminho que considera mais fácil para que o Clube Desportivo de Futebol da UnB consiga migrar para o futebol profissional. “Esses times muitas vezes não têm nem jogadores nem dinheiro para disputar os campeonatos. Nós entraríamos com essa parte em troca da vaga para jogar. É mais fácil do que enfrentar toda a burocracia e os custos da federação. Estamos analisando todas as possibilidades”, explica.

Para a criação de um novo time sem a parceria imaginada por Rodrigues, os custos são impeditivos. Além disso, o tempo necessário faria a ideia murchar. Em contato com o Correio, a Federação Brasiliense de Futebol (FBF) informou que, para nova filiação, o interessado deve pagar taxa de R$ 500 mil. Além disso, tem de esperar assembleia da entidade para aprovação do ingresso e disputar ao menos três anos de campeonatos amadores da FBF antes de poder disputar a segundona local.

Apesar de a UnB nunca ter disputado o Candangão, alguns alunos tiveram a experiência de disputar a elite local em 1989, como atletas da Seleção Universitária do DF que defendia o Planaltina. Isso porque o time seria bancado pela Faculdade Dom Bosco, mas a viu recuar uma semana antes do início do torneio. A saída, então, foi convidar jogadores amadores de várias instituições candangas. O Planaltina perdeu 17 jogos, empatou quatro e não conseguiu vencer.

O cartola do novo projeto aposta na marca da UnB e na identificação da instituição com a cidade para buscar apoiadores. “Os possíveis patrocinadores têm de entender o potencial do time. Só de alunos, são mais de 40 mil”, vislumbra. Outra vantagem seria o uso dos campos e da academia da UnB para treinamentos.

Antes de chegar à presidência, Rodrigues trabalhou voluntariamente na equipe, que atualmente disputa um campeonato amador no Cruzeiro e usa o time, basicamente, para aplicar as teorias da faculdade de educação física. Primeiro, como “faz-tudo” do time, carregando bolas ou distribuindo cones durante os treinamentos. Depois, passou a auxiliar técnico e logo começou a assumir mais funções burocráticas.

Os jogadores elogiam a postura do novo comandante e também sonham com momentos melhores para o time da UnB. “Esse pensamento mais moderno é muito bom para a gente, também temos um sonho de dar certo no futebol. Antes, sabíamos que era muito difícil por esse caminho. Com alguém que pensa em crescer esse projeto, parece possível”, comemora Thiago Solon, 20 anos, aluno de educação física e atacante da equipe.

Experiências pregressas

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