Agência Estado
COB / DIVULGAÇÃO
Daniel Paiola e Hugo Arthuso exibem a prata
Se em toda a história dos Jogos Pan-Americanos o Brasil
havia conquistado apenas duas medalhas - de bronze - no badminton, só nesta
quarta-feira, em Toronto, o país garantiu duas de prata, além de um terceiro
lugar conquistado na véspera. Foram duas derrotas nas finais de duplas, com as
irmãs Lohaynny e Luana Vicente, no feminino, e Hugo Arthuso/Daniel Paiola, no
masculino.
No último jogo do Brasil em Toronto, Hugo e Daniel bem que
tentaram, mas perderam a final de duplas para os americanos Phillip Chew e
Sattawat Pongnairat e ficaram com a prata. A final terminou com placar de 2
sets a 0, parciais 21/18 e 21/16.
A dupla brasileira, 84ª colocada no ranking mundial, perdeu
um primeiro set marcado por muito equilíbrio e que foi imprevisível até o fim.
Bem nos ataques, Paiola e Arthuso acabaram surpreendidos em algumas devoluções
dos americanos (31.º no ranking de duplas), que venceram por 21/18.
O segundo set também foi parelho, mas marcado por alguns
lances inusitados. Num deles, Arthuso acertou a peteca no abdômen de Chew.
Pediu desculpas, teve elas atendidas e ficou com o ponto.
Disputado ponto a ponto, o set também teve lances
alucinantes. Na marcação do 12.º ponto americano, Arthuso salvou um ataque
deitado e fez mais duas devoluções assim. Mesmo com o desfecho favorável aos
adversários, foi bastante aplaudido. Chew e Pongnairat acabaram abrindo
vantagem apenas no fim, fechando o jogo com 21/16.
PAN INESQUECÍVEL - Além das pratas nas duplas masculina e
feminina, o Brasil também ganhou bronze nas duplas mistas, com Lohaynny e Alex
Tjong, que pararam na semifinal - diferente do tênis, no badminton os mesmos
atletas sempre jogam as chaves individuais, de duplas masculinas/femininas e
mistas em todos os torneios do Circuito Mundial.
Ainda que o desempenho em Toronto cause surpresa para quem
não acompanha de perto o badminton, as três medalhas são um resultado aquém do
esperado pela comissão técnica, que havia traçado como meta subir ao pódio em
todas as cinco disputas do Pan. De qualquer forma, a confederação acreditava
que faria só uma final - nas duplas femininas.
Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um
bronze com Daniel Paiola. A outra medalha do País em Jogos Pan-Americanos data
de 2007, quando, em casa, ganhou um bronze em duplas.
O País nunca disputou os Jogos Olímpicos na modalidade, mas
em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na
feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana Silva estão
na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vai ao Rio o melhor
time do continente em cada disputa.
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